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Foto do escritorMaria Fátima Audino Edler

yoga


Yoga é a disciplina que leva à prática da filosofia sāṅkhya e reconhece o Ishvara – a essência Primordial.

O homem recebeu da natureza as três qualidades ou gunas que são: sattva, luminosidade ou o estado de claridade ou iluminação, rajas, a ação ou movimento e tamas, a inércia que tem como princípio a roda do tempo, kálachakra (kála - tempo, chakra- roda) que gira em torno da existência. O homem recebe influência constante dos gunas.

O termo sânscrito Yoga significa tanto disciplina quanto união e procede da raiz sânscrita “yuj”, que significa juntar, unir, atar, jungir. O yoga é a arte que leva a mente incoerente e dispersa a um estado reflexivo e coerente. É a união da alma humana com a Divindade. É a união da alma humana Jivatman com a divindade Paramatman.

Yoga é a união do “Si mesmo individual” – jivátman com o “Si mesmo Universal Paramátman. A filosofia Sánkhya é teórica, enquanto o Yoga é a parte prática desta teoria. O conhecimento sem ação, e a ação sem conhecimento não tem resultado. Estes dois pontos de vista dos Vedas precisam estar sempre juntos.

Segundo o Yoga (Yájñavalkya Smriti), o Criador Brahman, foi na sua origem o difusor do Yoga como sistema para a saúde do corpo, o controle da mente e a busca pela paz. Este sistema foi compilado e assim escrito por Patañjali no YogaSútra ou Aforismo doYoga. O YogaSútra trata das diretrizes que revelam os meios e o fim, na combinação da prática das oito disciplinas do yoga em que o praticante de yoga experimenta a união com o Criador, perdendo a sua identidade de corpo, mente e Si mesmo. Isto é Samyama que representa a integração do Yoga.

Segundo o Yoga Sútra de Patañjali Pada II 18 e 19, o mundo visível e objetivo consiste em elementos da natureza e sentidos de percepção que compreende três qualidades ou atributos (gunas) que são sattva- luminosidade, estado de claridade ou iluminação, esplendor, rajas – ação, movimento e tamas –inércia ou latência e que tem como princípio a roda do tempo. Esta roda do tempo, kálachakra (kála - tempo, chakra - roda), gira em torno da existência e kuláchakra, em que o homem é modelado e remodelado de acordo com a ordem predominante destas características fundamentais do entrelaçamento dos gunas.Todos existem eternamente para servir “àquele que vê” (o sujeito) como propósito de experimentar os caprichos (objetos) do mundo. Nesse sútra encontramos as características, ações e usos da natureza (prakriti).Todos estes atributos e virtudes estão estabelecidos na natureza, nos sentidos, na mente, inteligência e ego. Juntos funcionam harmoniosamente em forma de luminosidade. Ação e inércia, permitindo “àquele que vê” desfrutar dos prazeres mundanos (bhoga) e despojando-se deles, experimentar a libertação.

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